segunda-feira, 12 de julho de 2010

As Organizações Escolares em Análise

Breve descrição/análise, a partir de minha experiência, das seguintes categorias:



  • Aspectos físicos da escola: Falta de espaço físico para o lazer, mobiliário inadequado e/ou em péssimo estado de conservação, edifício escolar precisando de reformas, etc.

  • Aspectos administrativos: Organização da escola no cotidiano, nas suas normas. Direção eleita por políticos, direção pouco comprometida (decisões tomadas de cima para baixo, sem uma participação democrática), número de auxiliares insuficientes; a comunidade só participa nas festas da escola e nas entrevistas inciais do ano letivo; corpo docente de contratados X concursados, etc.

  • Aspectos Sociais: Existia um conflito entre os professores públicos e os auxiliares contratados. Alguns professores não tinham paciência com alguns alunos. Implementação do projeto político pedagógico de fato. A presença dos pais na escola só ocorria quando seu filho apresentasse comportamento inadequado. Os pais na maioria das vezes não recebiam elogios referente ao desepenho de seu filho. Relacão conflituosa entre alunos, entre os professores e os alunos, e em relação ao próprio corpo docente.


Apresentação de 2 sugestões para desenvolver uma escola eficaz de acordo com cada característica.



  • Autonomia da escola: Tomadas de decisões próprias e bem argumentadas; Escola pensa em formas de avaliação para complementar a sugerida pela Secretaria de Educação.

  • Liderança Organizacional: Criação de grêmios escolares com eleições democr áticas aberta para todos, com participação nas decisões direcionais; Seleção diária de um ajudante do professor e designação de um aluno para se monitor de disciplina bimestralmente.

  • Articulação curricular: Permitir ao aluno planejar a sua própria avaliação; Promover debates interdisciplinares.

  • Otimização do tempo: Utilização de diferentes recursos na sala de aula; Elaborar um planejamento exequível para melhor disseminação do conteúdo a ser abordado.

  • Estabilidade profissional: Deixar o professor em sala, onde o mesmo mais gosta de atuar, ex. educação infantil.; Valorização do salário do educador para que não se precise trabalhar em mais de um lugar.

  • Formação do pessoal: Aumento de salário para funcionário voluntários e aprovados por cursos realizados; Palestras de conscientização profissional com uso de exemplos de problemas e melhorias.

  • Pariticipação dos pais: programas com os já existentes no Brasil de amigos da escola; Além de propagandas incentivadoras no nível regional e nacional de incentivo dessa prática familiar.

  • Reconhecimento público: Divulgação dos trabalhos que a escola desenvolve; publicação em mural, criação de blog, rádio comunitária e/ ou um jornalzinho.

  • Apoio das autoridades: Promover eventos convidando autoridades para conhecer o trabalho da escola e suas necessidades educacionais.

Reflexão sobre os elementos da cultura organizacional das escolas.


Minha reflexão foi pautada na minha experiência como estagiária por nove meses em uma instituição pública e também na minha vivência enquanto aluna da rede pública de ensino no município do Rio de Janeiro.


Na instituição onde fui aluna, por ser muito pequenas, não consegui identicar os elementos da cultura organizacional. Porém, na instituição onde trabalhei como estagiária, os elementos da cultura organizacional eram demarcados negativamente, seja na zona da invisibilidade e/ou na zona da visibilidade.

Na zona da invisibilidade, os valores, as crenças e as ideologias, apesar de serem considerados elementos chaves no processo de institucionalização das mudanças organizacionais eram poucas exploradas, pois as ações sociais eram o que menos importavam. Até porque as crenças estavam cristalidas numa visão determinista.

E na zona de visibilidade apesar da instituição possuir um planejamento político pedagógico, alguns profissionais não seguiam o projeto. Um exemplo disso era a má utilização da sala de vídeo da instituição, que era utilizada na maioria das vezes sem nenhum planejamento, servindo apenas para "tampar buraco".

Relação entre as três áreas intervenção (Escolar, Pedagógica, Profissional) com o cotidiano da escola.

É importante ressaltar que o meio escolar tem que ser encarado como uma comunidade educativa para os pais e a comunidade poder atuar como avaliadores da instituição e dos projetos educativos oferecidos, e para haver a participação de outros profissionais como psicólogos e assistentes sociais que estão relacionados à área pedagógica, já que estes possuem a capacidade de analisar o aluno, orientar os professores em seus projetos, na relação educativa professor-aluno e proporcionar um processo educativo multidisciplinar. Em relação ao profissional podemos perceber que esse trabalho em conjunto faz com que o docente entenda melhor o aluno e a realidade da escola. Portanto, para que a escola proporcione qualidade em seu ensino e desenvolva a democrácia é necessário que haja um trabalho em conjunto , visto que os pais e a comunidade possuem a legitimidade social, política e os professores juntamente com os outros funcionários possuem a legitimidade técnica e científica.

Reflexão sobre a relevância da avaliação das escolas (auto-análise) para o sucesso da educação

A auto-análise de uma escola é de suma importância, tanto para os alunos quanto para o corpo docente e funcionários.

Para que os alunos possam ter um bom desempenho, é imprescindível que o organismo (escola) esteja funcionando bem. E para que isso se torne possível, é preciso que se faça uma auto-análise. É como se fosse olhar-se no espelho para ver se está tudo bem, se está tudo em seu devido lugar, ou melhor dizendo, seria como fazer um raio x para poder detectar tudo que há de errado e verificar o que pode ser mudado para melhorar a escola no seu todo.

Começando pela parte física, o prédio onde funciona a escola e seus móveis e utensílios, devem estar em perfeito estado de manutenção, os funcionários trabalhando satisfeitos e com eficácia, e por fim, os professores, atuando com comprometimento, sendo reflexivos quanto ao conteúdo usado em sala de aula e com o individualismo de cada aluno (cada aluno carece de um tratamento único), cada indivíduo é diferente do outro, portanto, não se deve tratar alunos como se fossem um rebanho de gado ou coisa parecida.

E esta auto-análise deve partir não só da diretoria e sim de todos que compões a engrenagem que faz movimentar a instituição de ensino.

Reflexão sobre as categorias da avaliação institucional e sobre as funções e critérios da avaliação

A avaliação institucional consiste na organização e controle interno da instituição, seu aspecto principal visa o acompanhamento do desenvolvimento do projeto na escola. Porém, é possível que se promovam processos de avaliação com intuito de gerar um controle da instituição e suas organizações. Esta situação se torna necessária quand ocorrem conflitos na instituição. A avaliação de ordem instituicional atua no âmbito escolar, atendendo assim, as necessidades de organização do ensino.

Seus critérios de avaliação estão associados a produção de conhecimentos, em que um professor ou um técnico a conduz, utilizando se de dispositivos de ação permanente, operatória, participativa e coletiva. Associando também na prática institucional, onde que conduz este processo é a direção e a gestão escolar, com intuito de implementar na instituição dispositivos de regulação institucional, além de acrescentar em seu sistema inovações educacionais acompanhando os projetos.

Referências: NÓVOA, Antônio (org.). As organizações escolares em análise . Dom Quixote. Lisboa, Portugal, 1995.

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